terça-feira, 10 de maio de 2011

MÚSICA NOVA: PEDE PRA VOLTAR

Aí vai mais uma letra de canção, espero que gostem.




Tudo aconteceu sei lá
Nós dois juntos e a vida toda
Sem ciências e mistérios
Só alegrias e beijo na boca
Mas tudo quando é bom
Sempre tem alguma coisa pra contrariar
Sempre tem algum segredo pra atrapalhar
E a coisa mais difícil é não terminar
Mas se de verdade é bom
Deve ter alguma forma de justificar
Só pedindo muito a Deus pro amor continuar
Nessa nossa vida boa, boa de gostar
(Nessa nossa vida boa, boa de gostar)

Pede pra voltar que eu quero ir
Pede pra ficar bem junto a mim
Pede pra você, pede para mim, pede para nós

Sucesso Sempre a Todos

terça-feira, 3 de maio de 2011

UM CONTO ANTIGO, MAS INÉDITO

Oi gente, esse conto descobri sem querer em meu computador quando estava a procura de uma música que não sei onde enfiei, ele foi um trabalho da oficina DRAMATURGIA CORPORAL do CUCA, ministrada por Geovane Mascarenhas, e tínhamos que escrever um conto e transformá-lo em ações sem falas. É meio sinistro, mas o resultado gestual é lindo.


Porta Aberta

      Dia de trabalho terminado. André chegava tarde, pela quinta vez na semana em casa. Estranhou a porta aberta. Camila sempre a deixava trancada. Há alguns dias sonhou ela que um vulto negro entrava em sua casa matava o marido e a levava com ela. André quis chamá-la, mas pensou ser alguma surpresa.
 
      Já na sala viu sobre o sofá um papel amassado – seria uma pista deixada por Camila? Pensou. Identificou no tal papel a letra da esposa que se liam três frases:
   
      Estou indo.
      Não vou só.
      Adeus.

      Havia ainda um P. S.: “Não fiz o jantar”.

     André não sabia se aquela era pior dor que já sentiu. Faltaram as pernas e ele desabou no sofá, pegou novamente o bilhete maldito, releu, amassou-o com uma ira macabra.
   
     Ao seu lado, o criado mudo sustentava um porta-retrato do casal. Olhou a felicidade que ele transmitia, relembrava a terceira das sete luas-de-mel que fizeram. Segundo Camila a melhor de todas. Quis esboçar um sorriso de canto, mas o sorriso deu lugar a um grunhido e André atirou o objeto na parede.
   
     A “vaca”, como ele pensou parou de fazer o jantar na metade. No balcão uma cebola sustentava uma faca de legumes. O olhar de André brilhou mais que o reflexo no utensílio. Ele saiu tonto em direção ao balcão. Pegou a faca, passou com força a lâmina, cortando o punho profundamente.
   
      Ao ver o sangue borbulhar das feridas se arrependeu. Quis num gesto impensado bebê-lo, mas sabia que era inútil. Resolveu então contar o tempo até sua morte. Olhou os ponteiros do relógio e começou 1, 2, 3, 4…

Sucesso Sempre a Todos